segunda-feira, 14 de julho de 2008

Pena de si, lamento de mim

Preciso ser lido.
Caço elogios para matá-los
E, sem pesar, enterrá-los.
Gravo nas suas lápides o que temo serem:
Levianas e falsas declarações de agrado.
Serão algo mais do que simpáticas condescendências?

Quero ser ouvido.
Mas espero mais que concordâncias condolentes.
Agradam-me o enfrentamento insolente,
A brasa quente e as pedras cruéis.

Basta-me o espelho para apedrejar-me vorazmente.
Por que então desejar perfurar-me com suas lanças?
Ignoro às vezes o meu próprio reflexo.
Busco-me em ti, como um retrato de mim.
Desgradável retrato. Não lhe posso ser grato.

Estranho-me pois se sorrio
Tenho pena de minhas próprias lágrimas,
Choradas ou engasgadas.
Tenta-me assim ver a mim mesmo
Com olhos que não me pertencem
Que jamais enxergarão o mesmo que eu
Mas que me enxergam a mim, sem dó,
sem pena, como não gostaria eu de ser visto.
(mas como preciso ser visto, ou quisto).
Só isso.

Um comentário:

disse...

Pedro pedra pedreira!

Desculpe demorar tanto para te responder! To numa mega agonia para terminar esse projeto. Enfim, alguns contratempos grupais, como pode imaginar...
Ja terminei, mas to ainda digitando. Entao te mando logo que terminar, segunda feira. Nao e definitivo, e uma adaptacao bruta. Queria ate q vc me escrevesse tudo que te vem a mente quando le o livro, pode me ser muito util...hehehhe...
Soube que vai para Sao Paulo!!! Quando me disse Lara achei que era para a Folha, mas depois soube que o sistema tinha te corrompido..eheheh vai ser advogado ne querido? Heheheh

Enfim, mil beijos. Quando vai?

Reca