sábado, 25 de abril de 2009

Um interdito

Eu queria que fosses talvez
Que olhasses para mim talvez
Que me quisesses como te quero.
Ainda que fosse uma vez.
Mas esse talvez - que pena!
Parece-me vez nenhuma,
Quando tudo, e quando tu
Dizes-me que não há chance alguma.
Mas renego o que me dizes,
Fecho os olhos às circunstâncias todas
(E as todas são tantas, e tão infinitas)
Que me prendo a uma possibilidade remota
Como se fosse concreta
Iludo-me num quem sabe, num quiça ou num acaso
Como se estivessem tudo e todos enganados
E então me engano ainda mais,
Sonhando com um sim possível
Embora acorde - dia-a-dia - num não impassível.
(porém previsível).

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